Separamos abaixo oito modelos que causam ou causaram inveja lá fora.
VW SP2
O fraco desempenho do motor 1.7 de 75 cv não condizia com o design esportivo do projeto assinado por Marcio Piancastelli, mas isso não parece aborrecer a equipe do Jalopnik. “Andar devagar é um serviço de utilidade pública, assim todos podem admirar a beleza sensual dos anos 70 que esse carro tem”.
Aliás, não são apenas os americanos que cobiçam o SP2: uma reluzente unidade do modelo faz parte do acervo do Museu da Volkswagen, localizado em Wolfsburg, na Alemanha.
Fiat Toro
Construída sob a plataforma do Jeep Renegade, a Fiat Toro ainda é exclusividade do mercado brasileiro. Mas, se depender do Autoblog, a picape tem espaço cativo nos EUA. No post entitulado “Desejamos que a Fiat Toro venha para os Estados Unidos”, Jonathon Ramsey dá detalhes do modelo que seria lançado apenas no ano seguinte – daí a presença de algumas informações equivocadas, como o nome das versões.
O repórter ressalta a ausência de opções de porte semelhante a da Toro nos EUA. “Deixe a Fiat Toro começar a onda de lamentações sobre a falta de picapes compactas em nosso mercado”, escreveu.
Ramsey também afirma que o lançamento da Toro poderia alavancar as fracas vendas da Fiat por lá. E aparentemente alguém o ouviu: algumas unidades da picape foram flagradas em testes de rodagem por estradas de Auburn Hills, não por acaso nos arredores da sede da FCA.
Troller T4
Lançado em 2014, o novo T4 teve uma recepção mais calorosa no exterior do que em seu país de origem. Vários sites rasgaram elogios ao jipe produzido pela Ford. A Autoweek o chamou de “sucessor espirtual do amado Bronco” (em referência ao clássico modelo produzido pela marca do oval azul de 1966 a 1996) e sugeriu à Ford que importasse algumas unidades para os Estados Unidos.
Já o Autoblog foi além e desmanchou-se em elogios ao projeto: “Estamos acostumados a ser tentados por frutos proibidos, mas não sei se podemos resistir a este carro. Precisamos dele imediatamente”.
VW Karmann-Ghia TC
Sem o belo design como argumento de vendas, o TC nem de longe repetiu o sucesso do Karmann-Ghia original. Mas isso não o impediu de ganhar admiradores dentro e fora do Brasil. Um dos fãs mais célebres é Jason Torchinsky, do Jalopnik. “Particularmente, acho o design do TC magnífico. Não é emocionante como o do SP2, mas há uma certa harmonia inegável nas proporções e nos detalhes do projeto”.
Outras aspas dignas de emocionar os projetistas brasileiros: “O Karmann-Ghia TC não é um daqueles carros que povoam minha imaginação a cada momento, mas, toda vez que vejo um, penso que, se um dia me deparar com um cavalo mágico que me ofereça qualquer VW a ar à minha escolha, provavelmente eu escolheria o TC”.
Renault Sandero R.S.
Se no mercado brasileiro o Sandero R.S. não é exatamente um esportivo tão acessível assim, os europeus já cresceram o olho para o pequeno hot-hatch. Afinal de contas, uma conversão cambial simples transforma os R$ 62.125 em menos de 18 mil euros – mesmo valor pedido por uma versão intermediária do Clio europeu.
O site francês Caradisiac classifica o R.S. como um “esportivo de baixo custo” e, sem condições geográficas de avaliá-lo, colheu impressões de sites argentinos e mexicanos sobre o modelo. Depois de ler elogios sobre desempenho, direção e freios, os franceses não esconderam a vontade de botar suas mãos no hatch. “Um carro que definitivamente teria seu espaço na França”, concluíram.
Puma
Não faltam artigos elogiosos sobre o Puma publicados em sites estrangeiros. Um dos maiores fãs do esportivo fora-de-série é (de novo!) o Jalopnik, que aproveitou a triste morte de Muhammad Ali para contar a história do Puma Al Fassi, o modelo que o ex-pugilista avaliou pessoalmente no Brasil antes de vendê-lo no Oriente Médio.
Para os leitores não familiarizados com o esportivo brasileiro, o jornalista Jason Torchinsky define a Puma como uma “uma das maiores fabricantes de veículos de fibra de vidro com mecânica VW, responsável por projetar esportivos compactos bastante atraentes inspirados no design do Lamborghini Miura – um ponto de partida bastante interessante, por sinal”.
Quanto ao pouco conhecido Al Fassi, ele nasceu graças à amizade de Ali com um representante da Puma nos EUA, que convenceu o ex-atleta a investir na empresa brasileira mesmo em meio à indefinição quanto ao seu futuro.
Ali, então, fechou um acordo com o Sheik Al Fassi para vender algumas unidades do P-108 conversível, rebatizadas como Puma Al Fassi, no Oriente Médio. Dois protótipos foram construídos com algumas alterações no projeto original, mas a venda não se concretizou devido a um processo de sonegação de impostos contra o sheik, que na época teve todos seus bens congelados.
Renault Duster Oroch
Assim como o Troller T4, parece que a chegada da Oroch foi mais celebrada lá fora do que em seu próprio país de nascimento. Adicionando pitadas típicas do humor britânico, o site do Top Gear faz elogios à picape Renault.
“É magnífica! O que mais você pode querer em um carro? Espaço para quatro ou cinco humanos e uma caçamba grande o suficiente para transportar, bem, vacas e outros objetos por um preço que não deve ser tão alto assim”, definiu Sam Philip, levando em consideração informações liberadas antes do lançamento da Oroch.
O jornalista sugeriu até iniciar uma campanha para que a Dacia (subsidiária da Renault responsável pelo projeto original do Duster) vendesse a Oroch no mercado britânico. Ok, talvez ele estivesse sendo apenas irônico…
VW Up! TSI
Nada vai apagar o vexame brasileiro na Copa do Mundo de 2014 contra a Alemanha, mas, quando o assunto é carro, pelo menos nós nos vingamos – ou quase isso. Além de botar as mãos no Up! TSI antes dos alemães, nosso compacto é mais apimentado (são 105 cv contra “apenas” 90 cv).
Em 2014, a Auto Motor und Sport comparou o desempenho do TSI com o conceito GT e lamentou a decisão da marca na época, que havia descartado a oferta da motorização turbinada no mercado alemão – algo que acabou não acontecendo.
O carrinho, porém, agradou tanto um alto executivo da matriz em passagem pelo Brasil que, quando voltou para lá, pediu que um exemplar fosse enviado para a Alemanha para seu uso pessoal enquanto o modelo não fosse lançado na Europa.
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